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Yoga & Filosofia

Entrevista com meu amigo e querido professor Pedro Kupfer a quem devo muito por todos seus ensinamentos!



1 – Pedro, o que te levou ao Yoga? Como era vista a carreira de professor de Yoga quando começou a dar aulas?
Comecei a praticar há mais de 30 anos, buscando “a realização do Oṁ”, segundo havia lido num livro do filósofo Alan Watts, um dos primeiros interlocutores entre as filosofias de Oriente e Ocidente. Naquela época não existia algo chamado “carreira de professor de Yoga”. Meu professor era engenheiro agrônomo e dava aula nas horas vagas, por devoção ao seu guro, Swāmi Satyānanda, que se tornou a minha referência em termos de Yoga por muito tempo, até achar meu guru, Swāmi Dayānanda. A ideia de ser professor de Yoga nos moldes que se compreende atualmente é algo novo, que deve ter surgido nas últimas duas décadas.

2 – O que o Yoga pode oferecer de mais importante para o ser humano?
Mokṣa, a libertação, que é o objetivo final de todas as formas de Yoga. Liberdade dos condicionamentos, da escravidão sensorial, das misérias existenciais, dos karmas e sentimentos indesejáveis, entre outros. Existem muitos termos sânscritos para definir esse objetivo, que é ao mesmo tempo a meta do Yoga: nirvaṇa (“sem [identificar-se com os] desejos”), mokṣa (“libertação”), samādhi (“grande concentração”), kaivalya(“isolamento [dos condicionamentos e medos]”), etc. Da mesma forma, existem muitos meios diferentes para realizar essa meta, assim como muitas visões diferentes sobre os caminhos a serem percorridos. O Haṭha Yoga é um desses caminhos.

3 – Muitas pessoas acreditam  que o Yoga é uma forma de atingir a paz e o relaxamento e obter maior flexibilidade. O que você tem a dizer sobre isso? Donde veio este conceito? Porque o Yoga foi deturpado e transformado em algo diferente?

Na migração do Yoga desde seu berço até o Ocidente alguns conteúdos foram ficando diluídos e acabaram por se perder. Hoje em dia, muita gente entende que Yoga seja apenas um método para o bem-estar, a saúde e a qualidade de vida. Embora pessoalmente ache que essas pessoas têm direito de afirmar tal coisa sobre o Yoga, já que esta palavra significa coisas diferentes para pessoas diferentes, devemos igualmente lembrar que, na origem, o Yoga sempre serviu ao propósito mencionado acima, a libertação. Uma das causas dessa diluição e transfiguração pode ter sido a necessidade do mercado de encontrar soluções fáceis para os problemas derivados do modo de vida contemporâneo.
4 – Ansiedade e depressão são alguns dos maiores males deste século. Seriam estes provocados pelo fato do ser humano ter se afastado da sua essência? Como o Yoga enxerga isto?
Os problemas do ser humano sempre foram os mesmos, desde a época das cavernas até a atualidade. Pelo menos, é isso o que demonstra o trabalho do filósofo Jean Gebser. Uma das maiores referências do Yoga, o livro sagrado que é a Bhagavadgītā, expõe a forma em que o Yoga ajuda o príncipe Arjuna, uma pessoa que sofre de depressão aguda. A solução que valeu naquela época, milênios atrás, continua válida nos dias de hoje. Essa solução chama-se Karma Yoga, ou o Yoga da Vida.
Namaste! 

Para saber mais sobre Pedro Kupfer e seus workshops e cursos de fomração visite : 

 www.yoga.pro.br






Queridos Amigos, foram enviadas quatro perguntas específicas sobre filosofia e Yoga, para os seguintes mestres escolhidos : (Christopher Wallis , Gloria Arieira, Purushatraya Swami) venho estudando nos últimos anos com estes três grandes mestres, sem deixar de mencionar meu querido amigo e Professor Pedro Kupfer (Yoga Bindu)  e Clayton Horton (Greenpath Yoga) sendo as minhas maiores fontes de inspiração no caminho que venho trilhando no Yoga.
As questões enviadas, são questões que julgo importantes, com o própósito de esclareçer e trazer entendimento do que é o Yoga e ao que ele se propõe.

Estas perguntas foram enviadas no início do ano de 2014 portanto há algumas semanas. Purushatraya Swami foi o primeiro a responder, não com as respostas, mas com um carinhoso email, falando que estava atarefado, mas que queria muito responder , e o fez em duas semanas depois, vendo o post que fizemos no Facebook, Christopher Wallis, voltou ao seu email, e imediatamente de verdade, respondeu as questões de uma forma maravilhosa também, estamos ainda aguardando as respostas da querida Professora Gloria Arieira, que ainda não nos retornou...

Confiram!


Abaixo Entrevista para o Blog Mahadeva Yoga com  Purushatraya Swami..



Purushatrya Swami recentemente lançou um excelente livro entitulado : Sanidade Espiritual, que tive a oportunidade de ler,  para adquirir o livro visite


 www.pswami.com.br

Patrick Gomlevsky entrevista Purushatraya Swami um dos grandes mestres Vaishnavas no Brasil:

1-  A batalha de Kurukshetra exposta no Bhagavad Gita, realmente existiu?
Ou é apenas uma metáfora? Existem evidências disto?

A batalha de kurukshetra realmente existiu. Isso não e uma questão de opinião. Existem muitas evidências. Não se trata meramente de uma mitologia sobre o tema da luta entre o Bem e o Mal ou uma história donde podemos extrair ensinamentos éticos. Para quem nunca esteve no local , esta questão pode dar margem a dúvida, mas quando se visita á moderna Kurukshetra, ao norte da capital Delhi, onde todos os fatos e locais históricos dessa batalha estão registrados, as evidências ficam bem claras. Lá, entre vários locais de interesse, está o Jyothisar, o local onde o Bhagavad-Gita foi falado por Krishna a Arjuna. O rei Dritarastra, no primeiro verso da Gita, designa o local da batalha como "Dharmakshertra", pois, desde milênios até os dias de hoje, tem sido um local de peregrinação dos hindus. Hoje em dia, é muito mais fácil levantar esses dados para se esclarecer sobre essas dúvidas. É só digitar "kurukshetra" no Google web ou images para ter acesso a muita informação principalmente no Wikipedia. 
Pessoalmente, já visitei esse local de peregrinação em várias ocasiões e tive, também, a experiência de participar das comemorações do "Gita-Jayanti", o dia do aparecimento do Bhagavad Gita, no próprio local da ocorrência. Para mim, assim como tantos estudiosos da cultura védica, é bem claro que foi um fato histórico.


2-Qual a importância do Maha Mantra Hare Krshna nesta era que estamos
vivendo? Qual o seu maior benefício, no seu ponto de vista?


No meu ponto de vista e na minha experiência pessoal, tenho sentido os benefícios do Maha-Mantra nesses últimos quarenta anos de prática constante. O mantra além de acalmar a mente e purificar a consciência, define e estabiliza a direção que a pessoas adota na jornada de sua vida. Cada mantra incorpora uma divindade e define um objetivo final. No caso do Maha Mantra (Hare Krishna) , a divindade suprema é Krishna e a meta a ser atingida é o relacionamento eterno com Ele. Se uma pessoa definiu de antemão que Krishna é a meta a ser alcançada ao fim de sua jornada terrena,  o mantra adequado para ir nessa direção é logicamente o maha mantra Hare Krishna. Quanto a importância deste mantra nessa sofrida e insegura Kali-Yuga (era que estamos vivendo) isso é específicado nos Vedas em várias passagens. No Kalisantarana Upanishad  é explicitamente dito que o Maha- Mantra Hare Krishna é o remédio adequado para sanar as ansiedades e desventuras de Kali Yuga.  O verso declara também dizendo que não há outro processo mais potente que esse e que isso é confirmado nos Vedas como um todo. Outra importante escritura o Srimada Bhagavatam, afirma que " kali Yuga é um oceano de imperfeições e problemas. Apesar disso existe uma única grande qualidade: o fato de se cantar os nomes de Krishna alivia a pressão da energia material sobre nós e transporta nossa consciência ao plano espiritual". Portanto, quando se descreve as glórias da potência do Maha Mantra, não se trata de uma mera opinião sectária, mas do que realmente esta registrado nas escrituras genuinas.

3- O Absoluto tem uma personalidade? Ou é um alo que não dá para ser
definido e colocado em uma forma?

Essa é uma questão crucial. A tendência natural é considerar que o Ser Supremo seja amorfo e indeterminado. O Absoluto é definido em várias seções das escrituras védicas como "Nirguna" que significa "destituido de qualidades". Quanto a isso, o grande filósofo teista ramanuja afirmou que, na verdade, Nirguna refere-se a " não possuir as qualidades (gunas) materiais. completa a ideia dizendo que "uma substância sem qualidade é uma impossibilidade, uma abstração". A linha teista (Vaishnava) afirma que o Ser Supremo possui sim inúmeras qualidades espirituais. Diante disso fica implícita a noção de uma personalidade, não nos moldes das personalidades desse mundo, mas uma personalidade divina.
É realmente difícil conceber uma personalidade absoluta. Sem recorrermos
às escrituras reveladas autorizadas, isso se torna impossível.

 Usando-se a ferramenta da lógica, podemos ter um vislumbre do aspecto

“personalidade” numa realidade que transcende à nossa percepção sensorial

limitada. Consideremos essa premissa: “Em qualquer fenômeno organizado

existe uma consciência por trás e, consequentemente, uma personalidade”.

Em nossa vida prática nós experimentamos isso a todo instante, pois, por

exemplo, quando vemos uma casa sabemos que ela existe porque alguém

concebeu e alguém construiu. Portanto, existe sempre uma personalidade

por detrás de qualquer fenômeno organizado. Essa é nossa experiência.

Numa escala bem mais ampla, podemos ver que dentro desse universo existe

uma infinidade de astros e todos eles giram no espaço com órbitas

precisas e definidas. Eles se mantém flutuando no espaço. Não estão se

trombando, gerando caos. Sem dúvida trata-se de um tremendo fenômeno

organizado. Embora seja impossível comprovar o que está por trás desse

fato pela percepção direta, inferimos que existe, com toda certeza, uma

consciência por trás desse fenômeno. Os seguidores da teoria do

“Big-bang” e da evolução natural de Darwin não aplicam essa lógica e

acreditam no acaso.

 A questão seguinte é: estaria essa consciência cósmica relacionada a uma personalidade?
 O fato de que só temos acesso às personalidades falíveis e

limitadas desse mundo, nos induz a duvidar da existência de uma

Personalidade Suprema (Purushottama ou Para Brahman), possuidora de atributos totalmente espirituais, um Ser infalível e ilimitado, algo

inconcebível para nós. Como é afirmado nos Vedas: “maior que o maior e menor que o menor”!

 Para aqueles que estão no caminho de Bhakti e aceitam a escritura sagrada

Bhagavad-gita como autoridade suprema do conhecimento transcendental,

essa questão fica bem mais clara, pois o próprio Krishna declara-se

explicitamente como a origem de tudo e a Personalidade Suprema

transcendental a esse mundo. “Não existe nada acima de Mim”, diz Ele.

 Muitos outros versos poderiam ser citados para consubstanciar essa ideia.

É só repassar os setecentos versos do Bhagavad-gita.

 Quanto à questão de qual aspecto de Deus é superior_ o pessoal ou o

impessoal. No Gita, Krishna declara explicitamente: “Eu sou a base do Brahman impessoal” (brahmano hi pratisthaham). Isso estabelece a proeminência do aspecto pessoal sobre o aspecto energético impessoal de Deus.

 Muitos argumentos e referências podem ser dados para dar consistência a

essa tese. Evitamos aqui encher de referências, para manter a concisão do

texto. Existe, de fato, uma verdadeira ciência de Deus no conhecimento

védico que explica detalhadamente as múltiplas manifestações de um Deus

único e, paralelamente, uma plêiade de personalidades semi-divinas, os
devas ou semideuses.
Um vaishnava, que segue o processo de bhakti-yoga,

possui as ferramentas para definir exatamente “quem é quem”.

 Para uma pessoa que almeja estabelecer a conexão (yoga) da alma

individual com a Alma Suprema, essa relação tem que ser necessariamente a nível pessoal e direcionada a um objetivo real em sua essência. Não tem sentido desenvolver a devoção pura (bhakti) a algo impessoal, abstrato ou meramente simbólico. Não faz sentido. Na verdade, bhakti é uma via de duas mãos, na qual o amor flui daqui para lá e de lá para cá.

4 - É possível estabelecer uma relação direta com o Absoluto?

 Eu diria: em termos... A relação direta com o Absoluto é uma prerrogativa
de um “jivan-mukta”, uma pessoa liberada, mesmo nessa condição humana que nos encontramos (iha yasya harer dasye karmana manasa gira nikhilasu apyavasthasu “jivan-muktah” sa ucyate). A relação (yoga) com o Supremo não pode ser tomada de forma caprichosa nem leviana. Para entrar em sintonia com o Absoluto é necessário estar na mesma frequência vibratória

espiritual. Exige conhecimento, discernimento, purificação, desapego do

envolvimento mundano, intenso desejo de liberação e virtudes. As

religiões (religare) populares oferecem uma relação meramente sentimental

com o Absoluto, pois, em geral, a pessoa mantem-se aferrada na

consciência material, cheia de desejos materiais. Não se tem o interesse

de fazer um esforço para superar esse mecanismo natural da mente.

 Existe, no entanto, um processo genuíno para conectar-se com o Supremo.

 Bhakti-yoga é o processo. A técnica, o conhecimento necessário e a

postura correta devem ser aprendidos diretamente das fontes autorizadas e

instruídos por alguém que esteja avançado nesse processo. Portanto, o papel de um mestre espiritual é fundamental. Caso contrário, tal

conquista torna-se impossível. Um aprendiz de piloto necessita de um

piloto-instrutor durante a fase de treinamento. Mas chegará o momento em que ele irá alçar voo sozinho.



Entrevista com Christopher Wallis (Hareesh), Berklely CA, excepcional professor com quem tive o prazer de estudar e ler o seu livro Tantra Illuminated em primeira mão para o Mahadevayoga !




Tradução da entrevista para o português feita por Patrick Gomlevsky, texto original em inglês ao final.

-      A Batalha de Kurukshetra realmente existiu, esta que esta descrita no Bhagavad Gita? Ou é apenas uma metáfora ?

Considerando que sou tanto um professor da religião Indiana e de filosofia, assim como praticante, é comum que minhas respostas contenham influência destas duas áreas. Com relação a batalha de Kurukshetra, muitos professores acreditam que a batalha realmente existiu. Porém em uma proporção muito menor como é descrita no Épico. E que ocorreu provavelmente no Século IX antes de Cristo. Mas o fato de a batalha ter de fato ocorrido, não impede ao mesmo tempo de ser estudada e vista como uma metáfora também. Na Interpretação de Gandhi, representando a batalha interna, a batalha com os nossos inimigos internos das dúvidas, orgulho, etc.. que todos nossos estamos procurando superar. Para mim pessoalmente, perguntas históricas como esta, não são o que há de crucial, nosso interesse neste material é realmente espiritual. Mas se você precisa de comprovação de fatos históricos para justificar as suas crenças, isto mostra que você ainda não chegou no ponto de entendimento interno do que é o Yoga pelo qual as escrituras sagradas falam a respeito. A objetivo é que obtenhamos uma experiência interna tão profunda que nenhuma justificativa ou defesa seja necessária para isto. Dessa forma perguntas históricas se tornam desnecessárias no meu ponto de vista. O que realmente você precisa saber desta pergunta que foi feita está no primeira Frase do Gita, “Dharmakshetre”  significa que tudo isso está situado no campo do Dharma. Esta que realmente é o foco do Gita, sendo este o verdadeiro campo de batalha. Mas é claro que perguntas históricas são importantes para os Acadêmicos e eu sou um deles também, só quero deixar claro que não se confundam com as perguntas espirituais.

 Qual a importancia do Shivaísmo Tântrico Não Dual, Como que um Yogi pode se beneficiar por estudar esta filosofia ?

O Shivaísmo Tântrico não dual é parte de uma tradição mais abrangente do Shivaismo. È as vezes conhecido como Shivaísmo da Kashemira, mas este termo de forma equivocada limita esta tradição a Kashemira, quando de fato é Pan- Indiana. O engano comum é achar que esta tradição é uma filosfia. Sim na verdade, essa tradição tem uma corrente filosófica forte, mas é primordialmente focada na meditação, yoga , práticas bio –energéticas, e rituais. Em outras palavras, é primeiramente uma tradição de prátcias com uma refinadíssima componente filosófica. Ou seja para aqueles interssados no Yoga, essa tradição é de suma importância. Um dos maiores expoentes desta tradição é o Swami Satyandanda,  que ensinou as práticas mas com muito pouco foco na filosofia, enquanto outros como Baba Muktananda (Mestre Siddha) ensinou a filosfia porém com pouco foco nas práticas. È muito raro que no nosso século encontremos alguém que esteja bem familiarizado tanto com as práticas  e a filosofia Tântrica, algo que é uma pena, pois os dois se complementam.
Filosofia ou a Visão Tântrica da realidade (para usar um termo mais coerente) é necessária para orientar o yogi de forma correta em direção ao seu objetivo e evitar que caia em erro ao longo de sua jornada.
Quanto mais poder um yogi acumular, maior são os riscos e conseqüências de qualquer ilusão ou confusão de sua parte, então uma visão correta é crucial para o processo como um todo. Você pode ler mais a esse respeito no meu livro, que é uma das poucas fontes que fala tanto da filosofia quanto das práticas Tântricas. Assim como também dando o background histórico desta tradição, que não deixa de ser apenas uma “desculpa” para apresentar ensinamentos espirituais de figuras históricas importantes.

 É possível estabelecer uma relação direta com Deus ?

Pelo meu ponto de vista esta pergunta indica quanta confusão pode estar havendo no mundo com relação a esta questão. Se você percebe Deus como alguma entidade transcedental, você estará o colocando muito longe... de você. Qual é o ponto em ter um Deus que é apenas um mero conceito, um crença para gerar conforto ? Não é apenas possível ter uma relação com Deus, mas é o que está acontecendo a todo momento. Não é possível ter outro tipo de relacionamento.
Todos os seus relacionamentos são na verdade nada mais nada menos do que Deus refletindo nele mesmo. Deus, o divino, essência natural, o Coração Sagrado, todos são nomes para a mesma coisa. Está mais próximo do que a sua respiração, mas intimo do que este seu próprio corpo. O fato não é que é difícil ter uma relação com Deus, a questão é que é difícil para as pessoas reconhecerem sua experiência de Deus, porque nem sempre essas experiências são compatíveis com os seus conceitos do que vem a ser Deus. Agora mesmo, se você parar, silenciar sua mente, e diminuir o rítimo de sua respiração e relaxar e centrar sua atenção no espaço do coração a medida que você inspira e expira, e deixar a mente se dissolver, esta pesença que está além das palavras que você sente é Deus. Se parece apenas como uma versão mais pacífica de você, porque é você, o seu eu verdadeiro. Que está lá, mais profunda do que a mente condicionada. È fácil de acessá-la se você a faz como prioridade. Então é isto que o Não dualismo significa, é isto que Deus é para nós. Qualquer Deus que vá embora quando você para de acreditar nele, não é Deus mesmo. Como um dos meus professores fala, a realidade é o que não vai embora até mesmo quando você deixa de acreditar nela. E esta presença interna é idependente de crenças. Agora eu vos pergunto : Vocês vão ficar satisfeitos com a religião ? ou você quer conhecer o espírito puro diretamente ? Quando você o reconhece internamente, ai se torna possível experiência-lo em tudo.


Deus tem uma personalidade ? Ou não pode ser descrito ou colocado em uma forma ?

Deus tem todas as personalidades. Personalidades de seres humanos e outros seres vivos para os papéis que desempenha e para as suas funções. Todo ser humano é Deus olhando para você pela vertente de sua personalidade. Por Deus ter todas as formas, sua essência não pode ser descrita em palavras. Se você perguntar o que está por trás de todas as formas, só podemos falar que há a presença sem formas. O poder da consciência. Em comparação com seu poder, até o tempo e o espaço são apenas meras contruções da mente. Isso siginifca que abrange todas as coisas, se torna todas as coisas, dissolve todas as coisas e penetra a tudo.
O motivo pelo qual falamos que não tem uma qualidade particular significaria que estaríamos excluindo essa mesma qualidade oposta. Por exemplo, não podemos falar que Deus é Luz, sem falar que Deus também é a escuridão. Você só pode dizer que Deus é luz se você disser que Luz é tudo que existe. Então de acordo com a minha tradição, tudo é Deus. Tudo que existe. Mas esta visão só pode ser alcançada quando olhamos para o nosso interior.

 Qualquer ser sensitivo tem uma singularidade interna, um ponto único, e é ali que Deus deve ser descoberto. A partir deste momento é que você consegue se dar conta que esta essência esta presente em todos os seres, em todas as coisas, em todos os aspectos da realidade.

Recentemente Crishtopher Wallis (Hareesh) lançou um maravilhoso livro, completo  sobre o Tantra, sua filosfia, história e prática
Podendo se encontrado como e-book no link abaixo! Li e estudei este livro e sugiro esta leitura :
 Se chama Tantra Illuminated


Este livro também pode ser encontrado na Amazon, e estão preparando uma versão para ele em Português!


 1 - Did the Kurukshetra Battle really existed exposed in the Gita ? or is it just a metaphor ?

Since I am both a professional scholar of Indian religion and philosophy as well as a practitioner, I often answer questions wearing both hats. As far as the Battle of kurukshetra goes, many scholars do believe that a battle actually occurred, though much smaller in scale then described in the epic, and this probably took place around the ninth century BC. But the fact that a battle actually happened does not prevent it from being a metaphor as well. In Gandhi's interpretation, it represents the battle within, the battle with the inner enemies of self-doubt and pride etc that we seek to overcome. For me, though, historical questions such as this are really missing the point. Our interest in these materials is really spiritual, and if you seek historical justification for your spiritual beliefs that only goes to show that you have not yet attained the inner experience which the Scriptures of the Yoga tradition talk about. The goal is to obtain an inner experience so profound that no justification or defense would ever be needed. Questions of history become unimportant. All you really need to know about the question you've asked is contained in the first phrase of the Gita: dharmaksetre, which means "all this takes place on the field of Dharma". That is what the Gita is really concerned with, and that is the real field of battle. Of course, the historical questions are important for academics, and I am one of those too. I'm just saying they shouldn't be confused with the spiritual questions.


2-  what´s the importance of the Non Dual Shaiva Tantra tradition  ? How can a yogi benefit by studying this philosophy ?

Nondual Shaiva Tantra is a part of the larger tradition of Shaivism. It is sometimes known as Kashmir Shaivism, but that term inaccurately limits the tradition to Kashmir, when in fact it was pan- Indian. The common misconception is that this tradition is a philosophy. In fact it has a strong philosophical current, but it is primarily focused on meditation, yoga, energy body practices, and rituals. In other words it is primarily a practice tradition with a highly refined philosophical component . So for those interested in yoga, this tradition of is of great significance. One of the better known modern exponents of this tradition is swami Satyananda. He taught the practices with very little of the philosophy. Others, like Muktananda, taught the philosophy with very little of the practice. It is very rare in our century to find someone who is very well familiar with both, which is unfortunate because they form one coherent whole. Philosophy, or the Tantric vision of reality (to use a more accurate phrase, is necessary to properly orient the yogi to his goal and help him avoid pitfalls along the way. The more power the yogi accumulates, the greater the risks and consequences of any delusion or confusion, so correct View is crucial to the entire process. You can read more about this in my book, which is one of the few resources to address both philosophy and practice, as well as giving the historical background of the tradition, which is really just an excuse to present spiritual teachings of great historical figures.

3 - Is it possible to establish a direct relationship with God ?

From my point of view this question indicates how much confusion there can be on this issue. As long as you conceive of God as some transcendental entity, you will be placing him far away from you. What is the point of having a God who is really a mere concept, a comforting belief? It is not only possible to have a direct relationship with God, it is in fact what is going on all the time. You can't have any other kind of relationship. All of your relationships are in fact nothing but God reflecting upon himself. God, the divine, essence nature, the Sacred Heart, all names for the same thing-- it is closer than your breath, more intimate than your very body. The issue is not that it is difficult to have an experience of God, the issue is that it is difficult for people to recognize their experience of God, because it doesn't always match their concept. Right now, if you pause, look off into the distance, and slow down your breathing and relax, and center your awareness in the heart space as you breathe in and out, and let the mind dissolve, that wordless presence you feel is God. It feels just like a more peaceful version of you, because it *is* you, the real you, that lies deeper then the conditioned mind. It is easy to access if you only make it a priority. So this is what non dualism means. This is what God is to us. Any god that goes away when you stop believing in him is no god at all. As one of my teachers says, reality is what doesn't go away even when you stop believing in it. And this worthless presence within does not depend upon belief. Are you going to be satisfied with religion, or do you want to know pure spirit directly? Once you recognize it within, then you can actually experience it in all things.

4 - Does God has a personality ? Or it cannot be described or put into a form ?

 God has all personalities. Personalities of human beings and other living things for the clothes that God wears, the roles that he plays. Every human being is God looking at you through the veil of their personality. Since God wears all forms, its essence cannot be described in words. If you ask what lies behind all forms, we can only say formless Presence. The Power of Consciousness. In comparison with this power, even time and space is merely a mental construct. This presents envelopes all things, becomes all things, dissolves all things. it permeates everything. The reason we say that it can't have one particular quality is that would mean excluding the opposite quality. For example, we can't say that God is light without saying that God is not darkness. You can only say that God is light if you also say that light is all there is. So in the view of my tradition there is nothing but God. But you can only recognize that truth by looking within. Every sentient being has a singularity within, a point of Ultimacy, and that is where God must be discovered. Only then can you realize the same essence in all beings, in all things, in all aspects of reality.
Please don't be satisfied with concepts. You must discover this for yourself. The purpose of teachers and gurus is only to help you see where to look. But the discovery is yours. For someone who wants to know the truth, faith in religious concepts is an obstacle, because it prevents you from looking and experiencing for yourself. Yoga and Tantra only exist to give you tools . What's the point of replacing one religion with another? Find the source of all religions.

Recently Christopher Wallis has released an amazing Tantric book on its Tradition, philosophy, pracitices and history,

Available on the link below:




Espaço reservado para respostas as perguntas enviadas para a Professora Gloria Arieira 

Namastê
Patrick Gomlevsky



Álbum de Fotos

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